A Prefeitura de Bady Bassitt comunica que nesta data o LABB – Laboratório de Análises Clínicas de Bady Bassitt comunicou a população de que estaria paralisando os serviços antes mesmo de informar a Prefeitura.
Os serviços de exames ambulatoriais continuarão sendo prestados pelo Laboratório IMEDI que também possui contrato com o município embora a maior parte dos exames vinham sendo realizados pelo LABB.
A prestadora de serviço alegou na paralisação atrasos em pagamentos, porém a situação não se restringe a questões financeiras, mas envolve inclusive situações de transparência e valores credenciados em contrato realizado pela gestão anterior muito acima do vigente na região. Sendo que o município buscou a negociação desses valores e a realização de novo processo licitatório, tendo obtido resultado de valores muito inferiores aos que vinham sendo praticados.
Importante mencionar ainda que o LABB não participou do processo licitatório e ingressou com representação contra o Edital de Licitação junto ao Tribunal de Contas no qual o Ministério Público de Contas opinou pelo desprovimento e o Tribunal Julgou Improcedente a impugnação, Processo n.º 00015982.989.25-3.
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, já havia em data anterior encaminhado Notícia de Fato ao Ministério Público do Estado de São Paulo, no qual houve a recomendação para que se cessasse as licitações em modalidade de credenciamento realizadas na gestão anterior, dada a constatação de irregularidades, situação essa tratada pelo Procedimento 0717.0000649/2025.
E na data de hoje o Pleno do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo analisou recurso do LABB neste mesmo processo e confirmou de forma unânime mais uma vez a decisão que já havia indeferido as representações da empresa.
No andamento do processo licitatório, participantes teriam alegado ao setor de licitação a tentativa de contato e interferência do LABB para que a licitação não ocorresse, bem como que estes deixassem de cumprir as diligências e apresentar os documentos necessários para que efetivasse suas contratações, ou seja, buscando frustrar o processo licitatório.
Temos que o contrato que vinha sendo mantido com o município se dava em forma de credenciamento, em que o valor médio foi obtido de cálculo das propostas dos próprios licitantes, ou seja, referenciando-se valores muito acima do contratado na região para os mesmos serviços, de modo que a oposição não se dá em relação a inadimplência, mas sim da manutenção da contratação em patamares mais elevados do que o buscado pela administração.
Os serviços essenciais restam garantidos pela manutenção dos serviços do prestador IMEDI, sendo aqui necessário reproduzir trechos das decisões exaradas pelo Tribunal de Contas, Processo 00004941.989.25-3:
Nesse sentido, considerando o princípio da autotutela administrativa - segundo o qual cabe à Administração corrigir, rever e até mesmo anular os atos comprometidos por irregularidades -, competirá à própria autoridade tornar as medidas de sua alçada para impedir a concretização do dano, sob pena de prevaricação.
Figura 1 - Despacho do Conselheiro do TCESP
O Ministério Público recomendou expressamente no Procedimento 0717.0000649/2025 que os contratos fossem cessados, conforme trecho:
Resolve, sem prejuízo de outras providências administrativas ou judiciais, RECOMENDAR ao Município de Bady Bassitt/SP, que:
Figura 2 - Recomendação do Ministério Público
Destaque-se ainda que, quando comparamos os preços do contrato firmado com a gestão passada, que a atual gestão tenta negociar e rever, temos que a diferença é de R$ 969.743,91 aproximados, conforme tabela comparativa.
Um exemplo simples: exame de glicose custava R$ 16,85 na gestão passada, e o valor selecionado pela licitação é de apenas R$ 2,64. Isso significa que, no mesmo exame, o preço caiu mais de 600%.
A Prefeitura reafirma seu compromisso de trabalhar com transparência, legalidade, economia de recursos e melhoria no atendimento aos cidadãos de Bady Bassitt, sem que seja dado tratamento diferenciado a qualquer que seja o fornecedor e de forma a tratar o recurso público com probidade e respeito ao cidadão.
Por fim, a defesa deste contrato pela imprensa e políticos demonstra o desconhecimento dos fatos ou a vinculação desses com a empresa que vinha lucrando e sendo beneficiada.